Em Portugal mais de um lhe conheceu no momento em que a ‘terceira estrada’ de economia mista e reformismo inspirava o novo Partido Trabalhista liderado por Tony Blair. O jovem, simpático e sorridente ‘premier’ britânico era o sentimento em um Velho Continente que buscava a novidade numa esquerda alguma coisa decadente depois do auge do neoliberalismo.
E ele se inspirava em que ainda é um dos professores universitários, pensadores e escritores mais lidos, seguidos e de maior ação pública do Reino Unido -segundo alguns – John Maynard Keynes. São inmensuráveis os partidos populistas que durante a Europa continuam a parte das políticas protecionistas de Donald Trump. E estão ganhando cada vez mais e mais apoios. O são a representação dos novos e ‘duros’ tempos que estão por vir para a Europa?
Há uma série de transformações e tensões paralelas, que são reconhecíveis nas democracias liberais ocidentais de hoje, e é mais, mesmo ao longo e largo do mundo. Em resumo, são estas: a ruptura dos anteriores sistemas de partidos, o esvaziamento do centro político, o surgimento de novos partidos ‘rebeldes’ e o declínio da socialdemocracia. Há versões do populismo, em tão alto grau para a direita como pra esquerda, porém a tendência mais perceptível é o ressurgimento da extrema-direita, em paralelo ao crescimento de líderes demagógicos, como Donald Trump nos EUA, Viktor Orbán, pela Hungria. Em todo o caso, em quase cada Estado-membro da UE, e nos EUA, há grandes oposições ao populismo de direita.
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A história das próximas eleições europeias, infelizmente, não será somente o de a ação do populismo de direita, porém uma luta mais complexa e diversificada. A queda económica e financeira tem levado a uma política e social. O Brexit, o progresso de outras forças populistas nos diferentes países europeus (…) Em certo sentido, os valores fundamentais da UE estão em questão. Você acredita que a integração europeia vai sobreviver? E se é então, o
A decadência financeira mundial e tuas consequências são, com efeito, a apoio de alguns de modificações políticas desta última década. Em muitos países, os salários reais estão sem movimento e as desigualdades se tornaram mais extremas. Mas similarmente importante é a aceleração da revolução digital, que do meu ponto de vista é, hoje, a mudança mais significativo que afeta as nossas sociedades. “Unida pela diversidade” é o lema da UE.
você Tem alguma chance de sobreviver em um tempo de políticas identitárias, como, por exemplo, vemos na Hungria, Polónia, Itália e em cada vez mais países europeus? Caíram as fronteiras, construiu-se um passaporte e uma moeda comum, etc., entretanto a Europa não vem sendo apto de dotar-se de uma identidade europeia de modo a que os cidadãos europeus ainda mantêm como a principal fonte das fronteiras nacionais. Será que Realmente é possível elaborar uma identidade europeia? E, nesse caso, o
A UE é um híbrido e se manterá como tal, seja qual for a reforma futura que se realize. Há diversas propostas -de cara pra uma maior democratização, para uma gestão mais competente da zona do euro, etc., Há um recurso de tira e afrouxa, e os partidos antieuropeos estão ganhando potência. Entretanto, bem como têm ajudado a gerar um maior ativismo preeuropeo mesmo no estado do Brexit, no Reino Unido, o que é interessante.
O eixo franco-alemão a toda a hora guiado a política europeia durante décadas, desde a tua fundação, balanceado do teu acesso à UE pelo Reino Unido. Dado o Brexit e uma Angela Merkel e Emmanuel Macron que encaram incalculáveis conflitos internos, o UE podes encaminhar-se até mesmo a pior?